O projeto pretende discutir as várias maneiras de existir da dança e como ela habita o espaço cultural. Estas discussões terão como ponto de partida a produção de dança contemporânea por meio de espetáculos, vivências, residências e debates. Neste segundo módulo, destacam-se produções que utilizaram estratégias de colaboração e de parcerias. Curadoria: Maíra Spanghero e Marcos Villas Boas.
Bate-papos
Encontros Provocativos: Juntos somos outros.
Com Márcia Tiburi, filósofa e escritora. Mediação de Maíra Spanghero. Local: Espaço das Artes. Grátis.
09/04. Terça, às 17h30.
Encontros Provocativos: Colaborações, parcerias e temporalidades.
Com Fabiana Britto, professora da UFBA e pesquisadora em dança, e os artistas Alejandro Ahmed (SC), Helena Bastos (SP), Raul Rachou (SP) e Verusya Correa (BA). Mediação de Maíra Spanghero. Local: Espaço das Artes. Grátis.
10/04. Quarta, às 17h30.
Encontros Provocativos: Dramaturgias em processo
Com Rosa Hércoles, professora da PUC SP e pesquisadora em dança, e os artistas Aldren Lincoln (BA), Gustavo Ciríaco (RJ), António Pedro Lopes (Portugal) e Gladis Tridapalli (PR), Mábile Borsatto (PR) e Ronie Rodrigues (PR). Mediação de Maíra Spanghero. Local: Espaço das Artes. Grátis.
11/04. Quinta, às 18h30.
Encontros Provocativos: Autorias - negociando o lugar comum
Com Rubens Velloso, diretor e pesquisador em artes cênicas, e os artistas Sheila Ribeiro (SP), Gustavo Bitencourt (PR), Wagner Schwartz (XX), Giltanei Amorim (BA) e Olga Lamas (BA). Mediação de Maíra Spanghero. Local: Espaço dos Artes. Grátis.
12/04. Sexta, às 18h30.
Encontros Provocativos: Afetos e práticas do compromisso
Com Fernanda Carlos, filósofa interdisciplinar nas áreas de artes do corpo, cultura e comportamento, comunicação; autora de vários livros, entre eles “A Filosofia do Jeito, sobre um modo brasileiro de pensar com o corpo”, e os artistas Sheila Areas (SP), Cristian Duarte (SP), Andrea Bardawil (CE) e Graça Martins (CE). Mediação de Maíra Spanghero. Local: Espaço das Artes. Grátis.
13/04. Sábado, às 15h.
Encontros Provocativos: Por um exercício político em tempo real
Com Sílvia Soter (RJ), professora da UFRJ e pesquisadora em dança, Lia Rodrigues (RJ) e Thiago Costa (SP) Mediação de Maíra Spanghero. Local: Espaço das Artes. Grátis.
14/04. Domingo, às 15h.
Performances
Bureau Deambulante com Thiago Costa (SP)
Conectando a área de convivência do SESC Santo Amaro às suas circunvizinhanças, o geógrafo e performer Thiago Costa propõe uma instalação coreográfica. O projeto inédito prevê a construção de uma arquitetura processual – uma espécie de QG - em que são anexados materiais diversos produzidos a partir de deambulações realizadas nas imediações do SESC. Em conjunto, esse projeto manifesta o interesse do autor em realizar projetos performativos que qualificam sensivelmente a experiência urbana e discutem nossa relação com o espaço público. As atividades do Bureau Deambulante situam o agenciamento de diálogos entre Geografia, Performance e Urbanismo, e o público é convidado a participar da construção do trabalho e realizar percursos nas imediações do SESC e, na sequência, transportar suas experiências espaciais para as linguagens cartográfica e coreográfica. Com Candice Didonet. Local: Praça. Grátis.
Livre para todos os públicos
13/04. Sábado, das 15h às 18h30
Episódico com Projeto DR (SP)
Híbrido de processo e produto artístico/espetáculo em que assuntos como co-autoria, relações de poder, manipulação e versão, são tratados em seis cenas-episódio distintas, cada uma organizada por uma estrutura de regras que possibilitam sua construção durante a performance, de forma que, aqui, a construção da obra é a própria obra, numa operação metalinguística (auto) crítica e bem-humorada. Nos últimos dois anos osintegrantes passaram por um momento de repensar dentro da plataforma Projeto DR o que é colaboração, o que é um coletivo e como é possível diferenciar-se dentro de um grupo sem criar distinções hierárquicas. A exploração desta questão os tem levado a experimentar outros formatos de funcionamento, e a buscar outros colaboradores também. Criação: Laura Bruno, Mara Guerrero, Sheila Arêas e Tarina Quelho. Performance: Aline Bonamin, Priscila Maia, Sheila Arêas e Tarina Quelho. Local; Praça. Grátis.
Livre para todos os públicos
14/04. Domingo, 17h.
Espetáculos
Cartas de amor ao inimigo com Cena 11 (SC)
O novo trabalho do Cena 11 propõe um movimento engendrado nas condições coletivas entre os bailarinos, entre os dispositivos coreográficos, entre os vetores músculos-emocionais que movem o corpo, entre o chão e a luz, entre o agir dança e o ver dança, entre o som e o ambiente, que são cúmplices de sua existência. O ser dois para ser outro, ser muitos para escapar no afastamento que, como um vestígio, desvenda novos encontros e aceita falências. Sua produção é ligada à pesquisa artística, de dança e tecnologia, e a intercâmbios de estudo e prática com outros grupos, como o Impure Company, da Noruega. Direção e coreografia: Alejandro Ahmed. Local: Teatro.
Não recomendado para menores de 14 anos
R$ 12,00 (inteira); R$ 6,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino). R$ 3,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes).
09/04, 10/04. Terça e quarta, às 21h.
Deslugares com Grupo Musicanoar (SP)
Com Helena Bastos e Raul Rachou. No espetáculo, contemplado com o 12º Programa Municipal de Fomento à Dança, o duo procura criar a partir da relação entre dois corpos e a discussão sobre o espaço e controle. Essa discussão é ancorada no pensamento do filósofo francês Michel Foucault. Essa parceria aponta para a possibilidade de diferentes disparos a cada criação coreográfica. São estudos de quedas, rolamentos, equilíbrios, deslizamentos, locomoções, escutas, padrões de movimentos, poesias, músicas e referências teóricas. O Grupo Musicanoar completa 20 anos de trajetória na história da dança contemporânea brasileira em 2013. Nessas duas décadas, o grupo realizou diversos espetáculos, recebeu prêmios e estímulos, participou de festivais e mostras, sempre tendo como norte o crescimento e a consolidação de um trabalho artístico que incorpore a pesquisa na linguagem contemporânea da dança e que se preocupe em dialogar com o pensamento científico. Local: Espaço das Artes.
Não recomendado para menores de 14 anos
R$ 12,00 (inteira); R$ 6,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino). R$ 3,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes).
09/04. Terça, às 20h.
Receita com Gustavo Bitencourt (PR), Sheila Ribeiro (SP) e Wagner Schwartz (MG).
A ideia sincera de não ser “um espetáculo de dança-feito-para-ganhar-edital” e, sim, “um espetáculo-de-dança-que-gostaria-muito-de-acontecer-por-questões-pessoais-e-artísticas”, fez os artistas reunirem-se procurando novos jeitos de produzir e compartilhar arte, que façam diferença e contribuam para pesquisas de outros artistas, e que acessem também outros públicos, e não somente o habitual da dança contemporânea. Eles adiantam, no entanto, que o foco do trabalho não está na receita nem tampouco na dúvida, mas na relação entre ambos, caminho que os levou a deslocar assuntos atuais. Local: Espaço das Artes.
Não recomendado para menores de 14 anos
R$ 12,00 (inteira); R$ 6,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino). R$ 3,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes).
10/04. Quarta, às 20h.
Os Filhos dos Contos (BA) e Graça (CE)
Os filhos dos contos - projeto realizado a partir da colaboração da coreógrafa/dançarina Verusya Correia, integrantes da Associação Cultural Tribo do Porto e do grupo Arrisca Cia de Dança, através da realização da investigação sobre a dança O Bicho Caçador, do bairro do Porto de Trás do município de Itacaré. Nesta rede de movimentos, cada cena trabalha Zonas de tensão - entre o público e privado, entre o luminoso e opaco, entre espetacularização e resistência. Esta investigação leva em consideração as necessidades físicas, as expectativas e as ações das pessoas como forma de desvendar o passado/presente/futuro, ajudando a entender como nossa sociedade civilizada tem se relacionado com as marcas do corpo, e de que formas podem ser modificadas. Graça – Com Graça Martins. Concepção e direção: Andrea Bardawil. Este trabalho é antes de tudo um encontro, aproximação entre duas pessoas que se conhecem e se respeitam mutuamente há alguns anos, apesar de nunca terem trabalhado juntas artisticamente. Trajetórias distintas, embora todos os percursos tenham se conduzido entremeados com a dança. De um lado, corpo e pensamento construído na cultura popular. De outro, corpo e pensamento construído no ensino formal da dança cênica, no mundo das academias e dança. Maneiras de fazer e organizações de pensamento diversas. De que afetos somos capazes nesse exercício de aproximação? O que pode nos atravessar nessa experiência? Acordar em nós uma simplicidade despretensiosa - que não implica em gratuidade - é do que se trata aqui. Local: Espaço das Artes.
Não recomendado para menores de 14 anos
R$ 12,00 (inteira); R$ 6,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino). R$ 3,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes).
11/04. Quinta, às 21h.
Cornélia Boon com Cristian Duarte e Sheila Areas (SP) e Pau Brasil com Aldren Lincoln (BA)
Cornélia Boon - o solo transporta procedimentos “cornelianos” (re-significar a matéria é uma das obsessões estéticas da artista plástica inglesa Cornelia Parker) para a investigação do movimento. A questão do automatismo presente no Ballet Coppélia (ballet cômico-sentimental baseado numa história macabra de E.T.A. Hoffmann intitulada "Der Sandmann" publicada em 1815), foi uma das escolhas que Cristian e Sheila adotaram como matéria de criação. O solo apresenta uma dança ambivalente, que explicita o raciocínio físico que antecede a escolha de uma ação. Pau Brasil - o solo reinventa a história da colonização no Brasil, explicitando os processos de exportação do corpo exotizado da mulata, do mulato, das cores das festas populares como o carnaval e o samba, e a habilidade/talento dos jogadores de futebol, que mercantilizam traços da cultura brasileira fixando noções de nacionalidade para dar visibilidade, admiração e maior produção ao país. O espetáculo, ao mesmo tempo em que se afirma enquanto máquina de prazer, transgride essas noções utilizando o mais desejado instrumento para domínio e tortura: o próprio corpo. Local: Espaço das Artes.
Não recomendado para menores de 14 anos
R$ 12,00 (inteira); R$ 6,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino). R$ 3,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes).
12/04. Sexta, às 21h.
Nó (BA) e Swingnificado (PR)
Nó - com Coletivo Quitanda & Núcleo Vagapara. Integralmente criado a distância (entre Espanha e Brasil) através de 06 residências ministradas por 06 artistas colaboradores, residentes em diferentes estados brasileiros, que organizaram experimentos em dança para os intérpretes Giltanei Amorim e Olga Lamas, tendo o Facebook e Skype como ambientes de criação corporeográfica. A obra hibridiza dança e vídeo de forma que o corpo e a imagem visual coabitam o mesmo ambiente de modo imbricado e co-dependente, um ambiente fronteiriço e reterritorializado, coerente com as dinâmicas contemporâneas que desestabilizam noções dualistas de cidade/casa, público/privado, dentro/fora. Assim, investiga o processo evolutivo do corpo ao lidar com tecnologias presentes nos vários setores das relações humanas da contemporaneidade, que abarcam trabalho, amizade, amor, lazer e sexo, evidenciando diferentes estéticas da existência. Swingnificado - com Coletivo Entretantas Conexão em dança. É um trabalho de dança que discute, de maneira impli¬cada com o público, o significado em dança contemporânea. O que a dança pode significar? Como é seu modo particular de significar? Entender o modo como um significado se desdobra e os entendimentos estabelecidos entre obra e público são as principais questões geradoras da dramaturgia deste trabalho. Local: Espaço das Artes.
Não recomendado para menores de 14 anos
R$ 12,00 (inteira); R$ 6,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino). R$ 3,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes).
13/04. Sábado, às 19h.
Drifting/Em Deriva com Gustavo Ciríaco (RJ) e António Pedro Lopes (Portugal)
O projeto contextual leva os artistas a diversos lugares (Rio de Janeiro, Taipei, São Paulo, Porto e Lisboa) para mapear os afetos que correm nessas cidades a partir de diferentes tipos de encontro. Seguindo uma lógica episódica, cada cidade é um novo capítulo nesse exercício viajante que cria pontes entre pessoas e lugares. Em São Paulo, depois de 1 semanas de encontros entre si, a cidade e os seus habitantes, os artistas convidam o público a participar, escrever, viver e fazer acontecer uma nova experiência de encontro. Local: Espaço das Artes.
Não recomendado para menores de 14 anos
R$ 12,00 (inteira); R$ 6,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino). R$ 3,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes).
14/04. Domingo, às 19h.
Workshop
Para uma corpografia política com Verusya Correa (BA)
O objetivo desta oficina será discutir a espetacularidade do corpo presente na cena de dança contemporânea. Serão propostos temas contemporâneos relacionados à dança/corpo, mas também serão exploradas ideias artísticas dos participantes. O encontro baseia-se numa troca de textos, sequências de movimentos, improvisação, pensamentos e apreciações de imagens audiovisuais. O intuito é desenvolver no corpo processos criativos de dança, sendo eles individuais ou em grupo. Inscrições a partir do dia 01/04, na Central de Atendimento. Vagas limitadas. Local: Sala de Práticas Corporais. Grátis.
Não recomendado para menores de 16 anos
13/04, 14/04. Sábado e domingo, das 10h às 13h.
Vivência
Residência Composição do comum com Tiago Ribeiro (BA)
A proposta é pensar a composição como um exercício político, cujas práticas geram sentido na esfera da convivência (viver com). A composição do comum é um exercício crítico-analítico que tem como referência alguns pressupostos metodológicos desenvolvidos pelo coreógrafo português João Fiadeiro, que contribuirão para que se possa elaborar os próprios pressupostos de acordo com as emergências de cada composição a ser construída coletivamente. Inscrições a partir do dia 01/04, na Central de Atendimento. Vagas limitadas. Local: Sala Múltiplo Uso. Grátis.
Não recomendado para menores de 16 anos
10/04, 11/04, 12/04, 13/04. Quarta, das 13h ás 17h, quinta e sexta, das 14h às 18h e sábado, das 10h30 às 14h30.